Série Euphoria
Euphoria foi uma das séries que mais deu o que falar em 2019. Ela surpreendeu a audiência, não só a americana, como a de todos os países por onde passou, através da HBO, que a produz. E a surpresa veio pelo tema repleto de realidade, focado na vida dos adolescentes americanos de classe média. Cada um trazendo suas histórias dramáticas repletas de problemas familiares, traumas, dificuldades e preconceitos. E é claro, que quando o tema é a realidade adolescente, dois assuntos não estariam de fora: sexo e drogas.
O assunto não é novidade, pois dramas adolescentes sempre estiveram presentes nas produções americanas, mas a série chega com o pé na porta quando escancara alguns “tabus” ao normalizar, por exemplo, cenas de nudez masculina, recurso que foi bastante utilizado na primeira (e única, até então) temporada. Também inova na fotografia, nas tomadas dinâmicas e nos cortes ágeis e nada óbvios, que prendem o telespectador do início ao fim de cada episódio (foram 8, no total). Tudo nessa série traz aquele ar de profissionalismo e deixa clara que a intenção de seus produtores é entregar um trabalho fenomenal, digno de todos os prêmios possíveis. E conseguiram: a série abocanhou 6 prêmios das 12 indicações que recebeu!
O elenco da série é formidável, inclusive 3 dos prêmios que citamos são de melhor atriz, para a atriz Zendaya, que interpreta e personagem Rue Bennet – People Choice Awards, Satellite Awards e Primetime Emmy. E é justamente essa personagem que nos narra toda a história, sob seu olhar.
Os temas abordados são bem profundos, não estão lá por acaso e os roteiristas conseguem mostrar todo o contexto de justificativa de algumas ações dos personagens, como o casal Nate e Maddy que possuem uma relação abusiva recíproca fruto da criação que cada um teve, das experiências pessoais dramáticas que os moldaram daquele jeito. Todos os personagens relevantes têm sua história contada e contextualizada na série, que não deixa pontos soltos em nenhum momento.
Jules
Euphoria traz uma personagem fantástica que é a Jules, interpretada pela atriz Hunter Schafer, que é uma atriz trans, fazendo uma personagem também trans de 17 anos, supercarismática e alegre.
A atriz, Hunter Schafer, é uma garota americana de 20 anos nascida na Carolina do Norte. Ela é uma mulher trans e afirma: “Eu gosto que as pessoas saibam que eu não sou uma garota cis porque isso não é algo que eu sou ou sinto que sou. Tenho orgulho de ser uma pessoa trans.”
Com relação a sua sexualidade, ela afirma que está “mais próxima do que as pessoas chamam de lésbica. ”
Schafer foi modelo de diversas marcas mundialmente conhecidas como Dior, Calvin Klein, Marc jacobs, e muitas outras.
E assim como a série faz com todas as personagens da trama, de contar sua história de maneira nada superficial, a sexualidade de Jules não é o único ponto de destaque; é “só” mais um ponto de destaque! Personagens trans também não são novidade, porém é sim inovador e muito interessante, a produção dar um destaque a todo o histórico pessoal de Jules, retratando também sua relação com a família e amigos, o descobrimento de sua sexualidade e todos os seus dramas, não girando o universo da personagem em torno do fato dela ser trans.
A história mostra sim, seu processo de transformação, afinal isso precisa ser dito e mostrado cada vez mais, mas faz dela muito mais que uma personagem caricata e que está ali apenas por esse aspecto.
Jules é, com toda certeza, a personagem mais icônica da série, mesmo não sendo a narradora. Sua personalidade autêntica e sem filtro e sua aparência excêntrica, formam um conjunto de características digno das pessoas que têm presença, que passam sensação de liberdade e prendem a atenção de todos espectadores. Vale destacar o trabalho maravilhoso de suas makes e looks que deram o que falar pela originalidade e beleza.
Ao assistir os episódios, a impressão que fica é que a atriz conseguiu compor uma personagem quase que biográfica, pois é difícil imaginar que ela própria não tenha passado por muitas coisas que a Jules passa. Alerta de Spoiler: Um dos primeiros momentos em que ela aparece é em um encontro com o pai de Nate em um motel. É uma garota que está se descobrindo e conhecendo o mundo real, recém saída de um processo de transição; enquanto ele, um homem casado, branco e hétero, que vive se divertindo com meninas e meninos num quartinho qualquer pela cidade.
Outra coisa que os roteiristas conseguiram transpor muito bem para a história, e não de forma declarada e explicita, é que Jules tem uma busca por autoafirmação, e possui uma carência de aceitação e amor com relação aos homens; e isso tudo parece ser fruto do reflexo do tratamento que as mulheres que a cercam têm por parte deles.
Ela se relaciona com homens mais velhos em sites de relacionamento gay e isso nos faz refletir do quão presente é a internet nas relações para essa geração, que já nasceu conectada.
É a partir do quarto episódio que a história entra mais profundamente na vida de Jules. Esse episódio nos leva ao passado e mostra um acontecimento chocante em sua vida. SOPILER: Por se sentir totalmente desconfortável em seu corpo masculino desde criança, sua mãe a engana ao deixa-la internada em uma clínica psiquiátrica por achar ser essa a solução para seu problema.
Jules é a personagem “estranha”, nova na cidade e que, além de todos seus problemas pessoais, ainda tem que lidar com a nova vida e com todos os seus impactos. E ela não é a menina trans que chegou na cidade, ela é apenas “a menina” que chegou na cidade, que por acaso, é trans. Ela é criada pelo pai, que a deu todo o suporte necessário em momentos de dificuldade (o que infelizmente não acontece na realidade, na maioria dos casos). Essa parte da história é muito bonita e nos traz esperança.
Jules e Rue
A conexão das duas personagens é praticamente instantânea, Jules e Rue (Zendaya), se conhecem em uma festa logo no primeiro capítulo, e fica claro que serão grandes amigas. Mais que isso até... no desenrolar da temporada, há várias surpresas e as confidentes ficam cada vez mais juntas e influentes uma na vida da outra, vale a pena acompanhar essa história muito bem produzida e escrita. As imagens são a cereja do bolo. Luzes, camadas e texturas são um verdadeiro show de entretenimento.
A conclusão que fica, é que tem muita coisa para acontecer nas próximas temporadas.
Gostou do artigo?
Clique aqui e confira os textos da Tulipa Vermelha Sex shop para homens
Clique aqui e confira os textos da Tulipa Vermelha Sex shop para mulheres
Clique aqui e confira os textos da Tulipa Vermelha Sex shop para casais
Clique aqui e confira os textos da Tulipa Vermelha Sex shop de fetiche
A Tulipa SexShop é especialista em potencializar os relacionamentos. Desde 2014 trabalhamos com as melhores marcas do mercado. Estamos localizados na Zona Norte de São Paulo, em fácil acesso, próximo ao metrô Tucuruvi.